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Rafael Fonteles defende exploração petrolífera na Margem Equatorial: "Nordeste precisa usufruir"

Fonteles defendeu que a mineração pode estar alinhada à agenda verde

Publicada em 29/04/2025 às 09:05h - Jornalista Kaenga

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O governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), defendeu a exploração da Margem Equatorial brasileira para petróleo e destacou o potencial do estado para liderar a transição energética no país. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Fonteles abordou temas como meio ambiente, agronegócio, atração de investimentos e a conjuntura política nacional.

Exploração da Margem Equatorial

Fonteles respondeu às críticas sobre o uso dos recursos hídricos no projeto de hidrogênio verde no estado, minimizando seu impacto sobre o rio Parnaíba. “Foi feito um cálculo sobre o uso da água e dá 0,00001% da vazão do rio Parnaíba, que vai ser necessário para o projeto de hidrogênio verde. Então, isso foi uma questão superada”, afirmou.

Sobre a Margem Equatorial, o governador reiterou o apoio do Consórcio Nordeste à exploração petrolífera na região. 

Nós defendemos, o Consórcio Nordeste, e eu falo também como governador do Piauí, a exploração da Margem Equatorial. O petróleo, os combustíveis fósseis, ainda serão úteis e importantes por um determinado tempo, até a transição energética se consolidar.

Fonteles criticou a possibilidade de que Norte e Nordeste fiquem de fora dos benefícios econômicos da exploração petrolífera, lembrando que o Sudeste já usufruiu dessas vantagens. "Na hora que chega a vez do Norte e Nordeste, a gente não poder aproveitar os benefícios econômicos da exploração do petróleo fica muito ruim para o Norte e para o Nordeste", afirmou.

O governador também destacou a expertise da Petrobras para atuar com segurança ambiental e ressaltou o compromisso do estado com a preservação de seus ecossistemas. “O Piauí tem 12,5% do seu território em unidades de conservação, o maior índice de proteção integral fora da Amazônia Legal”, pontuou.

Conciliação entre agronegócio e comunidades tradicionais

Ao comentar o crescimento da produção agrícola no Piauí, Fonteles defendeu a possibilidade de conciliar o agronegócio com a agricultura familiar e os movimentos sociais. "Devido à nossa cultura proativa, a gente tem conseguido evitar conflitos no campo e temos conseguido conciliar a agenda da agricultura familiar, das comunidades tradicionais e do agronegócio", disse.

O governador reconheceu que tensões podem surgir, mas afirmou que o Estado atua como mediador. “Claro que há momentos de tensionamento, e o governo do Estado existe exatamente para mediar e tentar fazer o equilíbrio entre essas formas de produção”, explicou, reforçando a prioridade para quem mais precisa. “Nosso foco é muito grande na agricultura familiar, nas comunidades tradicionais, mas nós queremos também desenvolver bastante o agronegócio.”

A força da pauta cristã e econômica

Fonteles também falou sobre a percepção da população cristã em relação ao presidente Lula e aos governos de esquerda. destacando a importância da demonstração de valores cristãos e da prosperidade econômica. "O presidente Lula tem, eu tenho, e, portanto, na hora que esses valores ficam mais evidentes, valores verdadeiros, como os do Papa Francisco, naturalmente a percepção da comunidade católica e evangélica de que o presidente tem esses valores deixa de ser uma questão decisiva", afirmou.

Para o governador, o fortalecimento da economia é o complemento dessa estratégia. “Você fala cada vez mais nesse sentido de prosperidade para as famílias brasileiras a partir das oportunidades de trabalho, emprego, renda, negócios, que podem fazer o povo brasileiro sonhar mais alto, ter uma vida melhor”, disse.

Polarização e a disputa pelo eleitorado crítico

Ao ser questionado sobre a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) em processos como os relacionados ao 8 de janeiro, Fonteles destacou a necessidade de cuidado para evitar a vitimização de setores da extrema direita. “Concordo com uma análise política que eu li recentemente, que o que está em jogo é 10% do eleitorado, porque há uma cristalização dessa opinião em função da polarização”, observou.

Segundo o governador, 90% da população já está dividida entre direita e esquerda, restando 10% a 20% de eleitores indecisos. “É exatamente aí que nós temos que tomar cuidado para fortalecer essa frente ampla, evitar qualquer tipo de vitimização e deixar o processo judicial transcorrer normalmente”, alertou.

Industrialização verde como aposta para o futuro

Ao tratar das perspectivas econômicas para o Piauí, Fonteles ressaltou o protagonismo do estado no cenário da transição energética e a compatibilidade entre preservação ambiental e exploração mineral.

“O Estado do Piauí tem a matriz elétrica mais limpa do Brasil, 99,75%, produzimos sete vezes a energia que consumimos e toda ela renovável”, afirmou, destacando ainda a preservação de 77% da vegetação nativa fora da Amazônia Legal.

Fonteles defendeu que a mineração pode estar alinhada à agenda verde, especialmente com a extração de minerais estratégicos para a transição energética. 

Se você pegar o níquel, é um metal extremamente importante para a transição energética. O Piauí é o estado menos pesquisado em termos minerais de todo o Brasil, então há possibilidade de terras raras e de outros minerais fundamentais para a transição energética.

O governador resumiu o otimismo com o futuro econômico do estado: “Eu costumo dizer sempre que, em muitas oportunidades, o Piauí é o melhor lugar do mundo para se investir.” 

 




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