Três suspeitos de envolvimento na morte do empresário piauiense Erlan Oliveira foram presos nesta segunda-feira (23) pela Polícia Civil de Pernambuco. A prisão aconteceu durante a Operação Fúria Cega, deflagrada para investigar o espancamento que causou a morte encefálica do empresário em um bar de Petrolina (PE). Duas mulheres estão foragidas.
O QUE SE SABE ATÉ AGORA
• O espancamento aconteceu na madrugada do dia 20 de junho, após Erlan sair do evento São João do Vale. Ele foi agredido por várias pessoas em um bar na Avenida Sete de Setembro, em Petrolina.
• Motivo da briga: de acordo com a polícia, Erlan chegou ao local em um carro de aplicativo, entrou em outro veículo que estava com o som alto e desligou o aparelho. Isso teria irritado os ocupantes, que começaram a agredi-lo.
• Socorro: Erlan foi socorrido ainda em Petrolina, mas depois transferido para o Piauí em uma UTI aérea. Ele teve morte cerebral confirmada.
• Prisão temporária: os três presos foram identificados como João Ítalo Barbosa da Silva, Franklin Freire de Aquino Bezerra e José Lima Ferreira Júnior. Vitória Maria de Carvalho e Laiza Guimarães Coelho também são investigadas e estão foragidas. Todos tiveram a prisão temporária decretada por 30 dias, podendo ser prorrogada.
• Motivo da prisão: segundo o juiz do caso, a medida é necessária para ouvir testemunhas e impedir que os suspeitos atrapalhem a investigação. Há vídeos de segurança e testemunhos que apontam a possível participação do grupo no crime.
• Celulares apreendidos: a Justiça também autorizou a apreensão dos celulares dos investigados. O conteúdo dos aparelhos pode ajudar a esclarecer a dinâmica do crime.
O QUE AINDA FALTA ESCLARECER
• Quem exatamente participou das agressões: a polícia já tem suspeitos identificados, mas quer entender qual foi o papel de cada um. A investigação quer saber quem bateu, quem incentivou e quem apenas estava no local.
• Se houve premeditação ou excesso sob efeito de álcool: ainda não está claro se a agressão foi totalmente impulsiva ou se houve alguma discussão anterior entre Erlan e os envolvidos.
• A origem do carro com o som ligado: até o momento, a polícia não identificou quem era o dono do veículo com o “paredão” que deu início à confusão.
• Outros envolvidos: há suspeita de que mais pessoas participaram, direta ou indiretamente, do espancamento.
• Versões contraditórias: em depoimento, uma das investigadas, Vitória Maria de Carvalho, conhecida como Mulher da Bota, disse que estava na festa, perdeu-se dos parentes e seguiu com amigos até o bar. Ela afirma não conhecer todas as pessoas envolvidas e negou saber quem iniciou a agressão. Segundo ela, Erlan teria chegado alterado, dizendo que o carro era dele.