O governador do Piauí, Rafael Fonteles, defende que a coexistência entre movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e o setor do agronegócio é viável, desde que haja mediação estatal. Para ele, o papel do governo é essencial na construção de soluções que respeitem tanto o direito de propriedade quanto as reivindicações dos trabalhadores rurais. O petista afirmou em entrevista ao sócio-diretor institucional da XP, Rafael Furlaneti, no programa FurlaCast:
Temos feito um trabalho de conciliação da visão dos movimentos sociais e do agronegócio. É um trabalho perfeitamente possível conciliá-las com um estado atuante, para mediar esses conflitos e dar segurança jurídica ao pequeno produtor e ao grande produtor.
REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA COMO CAMINHO
A política de regularização fundiária tem sido um dos principais instrumentos do governo piauiense para reduzir disputas por terras e garantir segurança jurídica no campo e nas áreas urbanas. Fonteles destaca que o Piauí lidera a emissão de títulos de propriedade, resultado de um esforço de diálogo entre o poder público, grandes produtores e movimentos sociais.
Na regulação fundiária, somos o estado que mais emitiu títulos, tanto na área rural quanto na área urbana, diminuindo os conflitos tanto no campo quanto na cidade.
O CRESCIMENTO DO AGRONEGÓCIO NO PIAUÍ
Além da regularização fundiária, o Piauí tem se destacado nacionalmente pelo avanço do agronegócio. Nos últimos anos, o estado expandiu suas fronteiras agrícolas e se consolidou como um dos principais polos do setor no país.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o valor da produção agrícola piauiense saltou de R$ 2,6 bilhões em 2015 para quase R$ 13 bilhões em 2024, um crescimento impressionante de 384% no período.